Metade do desmatamento da Amazônia, entre 2019 e 2021, ocorreu em terras públicas. A ação dos grileiros gera desmatamento, violência e corrupção na Amazônia, resultando na destruição das riquezas naturais do Brasil e intimidando bons empresários e produtores rurais que gostariam de investir em alternativas legais na região.
As Florestas Públicas não Destinadas da Amazônia ocupam 57,5 milhões de hectares, mais do que a área da Espanha. Por lei, essas terras devem permanecer como florestas e públicas, voltadas para conservação, ocupação indígena ou para uso sustentável de seus recursos, em especial pelas populações originárias e tradicionais.
A situação é urgente. Por isso, a Seja Legal com a Amazônia se juntou a várias organizações para gerar conhecimento e motivar agentes públicos, mobilizar o setor privado e a sociedade civil sobre a destinação de terras públicas não destinadas na Amazônia.
A partir de informações do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), da UFPA (Universidade Federal do Pará), Abrampa (Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente) e MPF (Ministério Público Federal), a campanha desenvolve oportunidades para orientar investidores e os mercados de commodities quanto aos riscos de ilegalidade e desmatamento envolvendo suas atividades produtivas, e meios para identificação de terras ilegais na Amazônia.
Nossa visão destaca a interconexão entre a sustentabilidade ambiental e econômica do país. A resolução efetiva da grilagem é crucial para atrair investimentos estrangeiros, garantindo a integridade de nossas florestas públicas e posicionando o Brasil como um participante proativo no mercado internacional de créditos de carbono. Ao destinar essas áreas, protegemos o meio ambiente e abrimos novas portas para empregos e renda, promovendo um futuro próspero para o Brasil.
Existe o risco de investidores mal informados alocarem recursos em empreendimentos irregularmente estabelecidos em terras de Florestas Públicas Não Destinadas da Amazônia. Para o Brasil prosperar, é necessário limpar a cadeia de dinheiro que alimenta a grilagem. Com orientação e conhecimento, todos os envolvidos em operações financeiras em torno do agronegócio podem aplicar seu capital de forma mais segura e com benefícios para todos.
Bem informado, o mercado pode ajudar a financiar a solução para a emergência climática. É cada vez mais evidente que a simples redução das emissões de gases de efeito estufa não será suficiente para conter o aquecimento global. Uma abordagem eficiente deve incluir a captura de carbono em grande escala, e entre os diversos esforços científicos para alcançar esse objetivo, a regeneração florestal se destaca como uma solução eficaz e economicamente viável.
Nesse contexto, a Amazônia surge como uma oportunidade crucial tanto para o Brasil quanto para o resto do mundo, desempenhando um papel fundamental de “capturadora de carbono”. Com isso, podemos aproveitar nosso enorme estoque de florestas públicas e terras disponíveis para regeneração. A Amazônia pode, com conhecimento e capital, transformar-se em uma das grandes soluções para a emergência climática global.
É escolhida a área que será alvo da ação criminosa: Uma área normalmente localizada em terras públicas não destinadas é selecionada para sofrer a ação dos grupos criminosos. Unidades de conservação e terras indígenas (que são terras públicas destinadas) também podem ser alvos destes grupos.
Desmatamento e queimadas: Grupos são contratados para desmatar a região escolhida substituindo a floresta por pasto. Queimadas são comuns nessa etapa. A ideia é simular uma propriedade privada dedicada à pecuária. O custo deste processo pode chegar a 1 milhão de reais para uma área de mil hectares.
Corrupção e títulos de propriedade forjados: Quando a área invadida já foi completamente devastada a quadrilha procura forjar títulos de posse para poder especular a terra. Essa ação só é possível por meio do pagamento de propina e corrupção em cartórios e outros órgãos de governo.
Aumento da violência e da criminalidade: É comum que diferentes grupos de interesse passem a disputar essas terras elevando os índices de criminalidade e violência em cidades e assentamentos próximos. Em caso de invasão de terras indígenas o conflito é iminente.
Venda das terras públicas e ganhos milionários: Com títulos de posse falsos, imensas áreas que na verdade pertencem aos brasileiros são exploradas e vendidas por milhões de reais num grande esquema de corrupção que beneficia um pequeno grupo em detrimento dos interesses de toda nação.
Anistias: É comum que de tempos em tempos o Congresso Nacional e os estados da região Amazônica editem ou modifiquem suas legislações para regularizar quem invadiu terras públicas. Esse tipo de prática cria novos incentivos à grilagem, além de gerar prejuízos bilionários aos cofres públicos.
Resultado: Áreas de conservação ambiental, terras indígenas ou terras ainda não destinadas que abrigam a Floresta Amazônica são roubadas e vendidas pelo crime organizado contribuindo com a destruição do nosso patrimônio natural.
Deseja manter contato? [email protected]
© 2021 Seja Legal com a Amazônia. All rights reserved.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | Este cookie é definido pelo plug-in GDPR Cookie Consent. O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | O cookie é definido pelo consentimento do cookie GDPR para registrar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Funcional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | Este cookie é definido pelo plug-in GDPR Cookie Consent. Os cookies são usados para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Necessário". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | Este cookie é definido pelo plug-in GDPR Cookie Consent. O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Outros. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | Este cookie é definido pelo plug-in GDPR Cookie Consent. O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Desempenho". |
viewed_cookie_policy | 11 months | O cookie é definido pelo plug-in GDPR Cookie Consent e é usado para armazenar se o usuário consentiu ou não com o uso de cookies. Ele não armazena nenhum dado pessoal. |